“O céu clareou lindamente,
o barulho de um trovão ecoou,
da pedreira sagrada incandescente,
a imagem de um Orixá brilhou.
Nas mãos tinha seu livro sagrado,
ao seu lado um feroz leão,
entendi que era muito respeitado,
o grande Orixá vindo do Panteão.
Muitos se curvaram diante de seu poder,
pois a justiça ele dominava,
esse Orixá passei a amar e crer,
de joelhos sua proteção clamava.
Orixá que decide sobre o bem e o mal,
poderoso senhor do raio e do trovão,
Rei divino de poder sem igual,
sempre disposto a seus filhos dar proteção.
Seu machado poderoso corta dois lados,
sua justiça e aplicada em nome de Oxalá,
leva a lei a seus filhos amados,
e ilumina a Umbanda e nosso Gongá.
Senhor divino que rege a inteligência,
Pai supremo dos estudos e estudantes,
Orixá dono de uma suprema imponência,
elevando seus filhos de modo constante.
Seu nome é cravado na pedreira,
seu poder tem o respeito dos Orixás,
grande pacto com Iansã Guerreira,
força tão extrema de todos os Gongás.
Xangô é o nome desse Pai divino,
Pai respeitador e dominador das leis,
pedindo sua proteção Xangô rei do ensino,
dando sua proteção Xangô assim o fez.
De braços abertos fui na pedreira de Pai Xangô,
veio ele trazendo bençãos a meu Gongá,
para as terras de Umbanda ele me chamou,
a fazer o bem em nome de Pai Oxalá.
Xangô deus do fogo grande justiceiro,
filho de Oxalá e a linda Iemanjá,
seu nome tem a força como Ogum Guerreiro,
Xangô razão divina, grande Orixá.
Xangô tem no fogo seu elemento,
é meu Pai e dono de minha razão,
sigo sempre seu fundamento,
tenho Xangô como Orixá de coração.
Na Umbanda amo seu trabalho e poder,
ser seu filho eleva ainda mais minha fé,
tenho nesse Orixá o meu bem querer,
por isso digo: Xangô Caô Cabecile Axé.”
Autor “Carlos de Ogum”